Todas as faixas etárias são passíveis de serem acometidas por doenças e/ou inflamações na pele, porém, devido ao envelhecimento, idosos são mais aptos a desenvolverem problemas dermatológicos.

Conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia os tumores cutâneos, as micoses superficiais e o ressecamento/espessamento da pele são os problemas mais comuns nos brasileiros com 65 anos ou mais.

Listamos aqui as causas e os cuidados possíveis no ambiente doméstico para evitar essas enfermidades.

Envelhecimento da pele

O envelhecimento da pele é causado por dois tipos de fatores: os internos e os externos.

• Internos: referem-se a genética e ao tempo, não controláveis, uma vez que são inerentes ao passar do tempo e as características genéticas de cada um.
• Externos:danos causados por fatores externos, como exposição ao sol, alimentação, tabagismo, ou seja, estilo de vida e hábitos no geral. São esses fatores que podem ser controlados e consequentemente evitar problemas de pele.

Ressecamento da pele

O sinal mais claro do envelhecimento da derme é o ressecamento, que é causado pela diminuição da produção de suor e óleos nas glândulas, que, com o passar dos anos reduzem seu funcionamento.

Características denunciam esse estado, como:

* Aspereza

* Redução da elasticidade

* Aparecimento de rugas e fissuras

* Escamação

* Coceira recorrente

A pele ressecada é mais suscetível a cortes, arranhões e infecções. Alguns cuidados devem ser tomados para reduzir os sinais de ressecamento e,consequentemente, evitar lesões e contração de doenças, como:

*Ingerir água: atenção a este item! Idosos sentem pouca sede o que pode resultar em uma desidratação. É importante estimular a ingestão de água ao longo do dia e tornar o hábito cotidiano.

* Hidratação externa diária da pele com cremes/óleos dermatológicos e neutros, para não causar alergias ou irritações. Os cremes ajudam a amolecer a pele, aumentar a elasticidade e aumentar a hidratação.

* No banho: evitar banhos muito quentes e longos. A água quente aumenta o ressecamento da pele porque provoca desidratação. Usar sabonetes neutros, também, para evitar alergias e irritações. Não utilizar buchas ou outros produtos ásperos, pois podem estimular a descamação e/ou causar ferimentos. Ao secar a pele do idoso, utilizar toalhas macias e secar suavemente.

Prevenção de micoses

Micoses superficiais são muito comuns em idosos, por isso é importante redobrar a atenção. São três condições que favorecem o desenvolvimento de micoses: umidade, calor e falta de luz. Logicamente a prevenção é combater esses três fatores.

É importante lavar bem os dedos, das mãos e dos pés, e, depois do banho, secar bem. Uma dica é usar uma toalha para o corpo e uma de rosto para mãos e pés. Caso já tenha micose, obrigatório uso de toalha exclusiva para a região contaminada.

Sempre guardar os sapatos em local arejado para não conservar umidade e, consequentemente, estimular a proliferação de fungos. Se possível, deixar em ambiente com sol alguns minutos todos os dias. E, periodicamente, lavar os calçados.

Fazer as unhas periodicamente, para cortar as unhas, cutículas e acompanhar o estado da pele dos pés. Nunca compartilhar materiais cortantes em manicures, podólogos, para evitar possíveis contaminações!

Cuidados com o sol

A exposição solar é uma ação necessária,uma vez que, a radiação ultravioleta é responsável pela produção de vitamina D de forma natural, essencial ao organismo. Entretanto, a grande maioria das marcas de uma pele envelhecida são causadas pela exposição ao sol, por isso é importante reforçar a atenção.

Para estimular a produção da vitamina, a exposição deve ser feita sem uso de proteção dérmica, o que configura um impasse.

A recomendação do Consenso Brasileiro de Fotoproteção (2014) é:

*Idosos com tendência a deficiência da vitamina D, devem fazer acompanhamento médico e, se necessário, fazer suplementação vitamínica para a prevenção da deficiência da vitamina D.

*Nunca devem se expor sem proteção ao sol, utilizando FPS superiores a 30.

*Além do filtro solar, utilizar bonés, chapéus ou viseiras, óculos de sol, roupas leves para reduzir áreas expostas e sombrinhas e guarda-sóis.

Prevenção contra o câncer de pele

O maior contraponto da exposição solar é o estímulo ao desenvolvimento de câncer de pele, por isso a recomendação de não se expor sem proteção. É importante tomar algumas medidas para se prevenir contra o câncer, uma vez que o melhor tratamento se dá com o diagnóstico precoce.

Ações em benefício da saúde da pele

*Realizar o autoexame. Observar mudanças, se atentar ao surgimento de novas pintas. Se ater a cores, formatos e texturas. Qualquer alteração ou elemento suspeito, ou ao menos estranho, consultar um médico.

*Realizar exame completo de pele periodicamente, é importante fazer um acompanhamento com dermatologista.

* Se ater aos cuidados com sol e aos períodos de exposição, principalmente no horário de maior risco: entre 10h e 15h.

Qualquer observação diferente na pele deve ser imediatamente informada ao médico. É importante ainda manter uma dieta e hábitos saudáveis, pois não adianta cuidados externos sem a preocupação com o bem estar interno.

Essas informações são apenas dicas para se prestar mais atenção à saúde da pele e auxiliar na adoção de hábitos saudáveis. Nenhuma informação aqui colocada deve ser substituída por consultas médicas. 

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